Monira Bicalho; Eduardo Amorim. 2022. Ouratea spectabilis (Ochnaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Flora e Funga do Brasil, 2022), com distribuição: no estado de Goiás — nos municípios Aragarças, Cachoeira Alta, Caçu, Caiapônia, Doverlândia, Jandaia, Jataí, Mineiros, Montes Claros de Goiás, Santa Rita do Araguaia e São Domingos —, no estado do Mato Grosso — nos municípios Alto Araguaia, Alto Taquari, Barra do Garças, Campo Novo do Parecis, Chapada dos Guimarães, Colíder, Cuiabá, Guiratinga, Nova Xavantina, Pedra Preta, Santa Cruz do Xingu, Sapezal, Sinop, Sorriso e Tangará da Serra —, no estado do Mato Grosso do Sul — nos municípios Água Clara, Alcinópolis, Aquidauana, Bataguassu, Campo Grande, Cassilândia, Corumbá, Coxim, Nova Andradina, Rio Brilhante, São Gabriel d'Oeste, Selvíria, Sidrolândia e Três Lagoas —, no estado de Minas Gerais — nos municípios Araguari, Boa Esperança, Cabeceira Grande, Campo do Meio, Carmo do Paranaíba, Caxambú, Delfinópolis, Diamantina, Divinópolis, Grão Mogol, Ibiraci, Ingaí, Itumirim, Lagamar, Lavras, Monte Alegre de Minas, Nova Ponte, Ouro Branco, Ouro Fino, Passos, Patrocínio, Perdizes, Poços de Caldas, Sacramento, Santa Juliana, Santana do Riacho, São Roque de Minas, São Sebastião do Paraíso, Sete Lagoas, Taiobeiras, Uberaba, Uberlândia, Unaí, Vazante, Virgem da Lapa e Volta Grande —, Paráíba — no município Patos —, no estado do Paraná — nos municípios Alto Paraíso, Arapoti, Castro, Foz do Iguaçu, Jaguariaíva, São Jerônimo da Serra, Sengés, Tibagi e Ventania —, no estado de São Paulo — nos municípios Águas de Santa Bárbara, Agudos, Altinópolis, Américo Brasiliense, Angatuba, Arandu, Araraquara, Assis, Barretos (G7), Bauru, Botucatu, Brotas, Cajuru, Campinas, Campos Novos Paulista, Casa Branca, Conchal, Corumbataí, Cotia, Franca, Ilha Solteira, Indaiatuba, Itapetininga, Itapeva, Itatinga, Itirapina, Itirapina, Jundiaí, Lençóis Paulista, Luiz Antônio, Mogi-Guaçu, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Moji-Guaçu, Moji-Mirim, Pardinho, Pedregulho, Penápolis, Pirassununga, Pradópolis, Pratânia, Quatá, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santa Rita do Passa Quatro, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sao Simao, Sorocaba, Sumaré e Valparaíso —, e no estado do Tocantins — nos municípios Palmas, Pindorama do Tocantins, Rio Sono e Tocantínia.
Árvore com até 7 m de altura, endêmica do Brasil, ocorre no Cerrado, em fitofisionomias de Cerrado (lato sensu). Apresenta um extenso EOO, igual a 1830880km² e mais de 10 localizações condicionadas a ameaças. Adicionalmente, vários registros foram documentados em Unidades de Conservação de proteção integral. Somado a isto, não foram documentados declínios populacionais para aplicação de outros critérios. Assim, a espécie foi considerada como Menos Preocupante (LC) neste momento, demandando assim, ações de pesquisa (tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.
Transcorridos mais de 5 anos após a última avaliação da espécie.
Ano da valiação | Categoria |
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2012 | LC |
Descrita em: Fl. Bras. 12(2): 330, 1876. É afim de Ouratea ovalis, mas difere pelos ramos e folhas glabras e caule não esfoliante (Chacon, 2011).
Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional (Pougy et al., 2015). | |
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da região de Grão Mogol - Francisco Sá (Pougy et al., 2015). | |
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | needed |
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Sacramento - 15 (MG), Território PAT Paraná-São Paulo - 19 (PR, SP), Território PAT São Paulo - 20 (SP), Território Campinas - 18 (MG, SP), Território São João del Rei - 29 (MG), Território Formosa - 9 (MG), Território PAT Cerrado Tocantins - 12 (TO), Território PAT Espinhaço Mineiro - 10 (MG). |
Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Corumbataí, Botucatu e Tejupá - Perímetro Botucatu, Área de Proteção Ambiental Corumbataí, Botucatu e Tejupá Perímetro Corumbataí, Área de Proteção Ambiental da Chapada dos Guimarães, Área de Proteção Ambiental Estadual da Escarpa Devoniana, Área de Proteção Ambiental Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, Área de Proteção Ambiental Jundiaí, Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira, Área de Proteção Ambiental Piracicaba Juqueri Mirim Área I, Área de Proteção Ambiental Rio Batalha, Monumento Natural Municipal Serra do Bom Jardim, Parque Estadual Biribiri, Parque Estadual das Furnas do Bom Jesus, Parque Estadual de Terra Ronca e Parque Estadual de Vassununga. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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14. Research | natural | leaf |
As estruturas foliares e florais de Ouratea spectabilis foram analisadas em estudos para avaliar a atividade fitoquímicas e biológicas, pois os biflavonóides e os extratos de outras espécies de Ouratea apresentam importantes atividades biológicas, como antitumoral, antiviral, vasodilatadora, antimicrobiana e inibição da DNA topoisomerase (Fidelis et al.,2014). O extrato floral de Ouratea spectabilis mostrou alto potencial para trabalhos futuros de quantificação química e ensaios com diferentes modelos biológicos (Menezes Filho et al., 2022). Compostos isolados de folhas de Ouratea spectabilis apresentam atividade inibidora para a aldose redutase, enzima relacionada com o início da formação da catarata em diabéticos (Simoni et al., 2002). | ||
Referências:
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